Cobee 2019 – Impressões I -Vem aí o “prosumidor” de energia elétrica.

Participei da 16ª edição do Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee 2019), realizado dias 19 e 20 de agosto último, uma promoção da Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), na capital paulista. O objetivo do evento é viabilizar um espaço para o debate e oportunidade de novos negócios em torno das melhores práticas, tecnologias e serviços para promover o uso racional dos insumos energéticos.

O congresso abordou a eficiência energética, ou seja, como usar cada vez menos energia na realização das atividades cotidianas em todos os setores da sociedade. Encontrar profissionais e executivos de alto gabarito e influência de diversos segmentos da indústria do País e do mundo, do setor elétrico brasileiro, proporcionou a troca de conhecimentos e um rico ambiente de aprendizado, aperfeiçoamento e alinhamento de propósitos.

modelo de energia 3D (descarbonização, digitalização e descentralização), apresentado como o futuro do setor elétrico brasileiro, consiste na eletrificação e na utilização das fontes renováveis de energia reduzindo a emissão de carbono com o desligamento progressivo das fontes fósseis; no uso da inteligência artificial na automação da rede elétrica na geração, transmissão e distribuição de energia e o perfil do consumidor atual que, além consumir, produz e poderá vender o excedente da sua produção tornando-se um “prosumidor”.

Esse novo ator está sendo visto como o protagonista da relação concessionária–consumidor. Isso significa dizer que cada cliente será produtor em potencial. Nessa perspectiva, existe a possibilidade da descentralização do setor elétrico, antes uma exclusividade das distribuidoras.

Essa configuração se chama “micro geração distribuída” e se impôs com o aumento da demanda pela geração de energia por fontes renováveis, que vêm sendo incorporadas progressivamente ao sistema de distribuição tradicional. Nesse cenário, a matriz elétrica do País terá uma participação maior das fontes solar, eólica, biomassa e menor parcela do carvão e do óleo.

Nos períodos de baixos níveis dos reservatórios das usinas hidroelétricas, o sistema é suprido com energia da biomassa e eólica preservando o potencial de geração sem esgotar a reserva d’água. Vale salientar que a “bandeira vermelha” nas nossas contas de luz normalmente entra em vigor no período de falta de chuvas e horários de alto consumo de energia quando as termoelétricas entram em funcionamento. 

O diesel é usado para a geração da eletricidade e, vale dizer, é caro e seu preço é cobrado na fatura. Quanto mais energia gerada a partir de fontes renováveis, mais baixo o valor da unidade kWh.

Fonte: https://blog.febralux.com.br/cobee-2019-impressoes-i/

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